O APP das Drogas é um novo mal da sociedade. A mídia social reescreveu completamente a forma como o mundo se comunica, com o contato e as conexões humanas sendo reduzidos a algoritmos e jargões que são transmitidos a partir de um dispositivo que cabe na palma de nossas mãos.
Apesar de todo o bem das plataformas online, surgiram preocupações sobre o que ela expõe seus usuários.
As drogas nas redes sociais são uma via de mão dupla - uma de tentação e outra de recuperação.
APP das Drogas: O Golpe Duplo das Redes Sociais
A interseção entre mídia social e uso de drogas é “um golpe duplo”, onde o consumo de substâncias ilegais é normalizado e glamourizado em fotos e vídeos de alta definição.
O uso de drogas não é algo que se limita a celebridades e estranhos; agora, amigos (e até mesmo familiares) podem compartilhar a foto de uma fileira de copinhos, um cigarro de maconha ou drogas ainda mais duras e perigosas com centenas de lentes de contato, tudo com o clique de um botão.
A instantaneidade da conexão também permite que os usuários e seus revendedores mantenham contato por meio de programas de mensagens instantâneas que geralmente fazem parte de plataformas de mídia social.
Para tanto, uma pesquisa de 2011 descobriu que os adolescentes que usam regularmente os meios de comunicação social populares (como o Facebook) eram mais propensos a beber, usar drogas e comprar tabaco do que os adolescentes que também faziam não use as usavam menos.
A pesquisa perguntou a 2.000 adolescentes sobre seu uso de drogas e hábitos de mídia social, e 70 por cento disseram que usam a mídia social em qualquer dia. Os pesquisadores descobriram que, em comparação com não usuários ou usuários leves de mídia social, este grupo era:
- Cinco vezes mais chances de comprar cigarros;
- Três vezes mais probabilidade de beber;
- Duas vezes mais probabilidade de usar maconha.
O que essas pessoas tendem a ver nas redes sociais são fotos e vídeos de pessoas que conhecem (ou gostariam de conhecer) usando drogas. Mas o fundador e presidente do “National Center on Addiction and Substance Abuse” adverte contra fazer uma conexão simplista entre a mídia social e o uso de drogas.
A mídia social não causa o uso de drogas, mas existe o temor de que serviços criem “uma nova forma de pressão de grupo” que obrigará adolescentes vulneráveis a se envolverem no uso de drogas.
Pressão da Perfeição
Os próprios adolescentes acham que isso será um problema, pois consideram que a Internet convence os usuários de que “todo mundo está se divertindo mais do que você”. Alguns chamam isso de “Pressão da perfeição”.
A mídia social permite que seus usuários apresentem uma versão meticulosamente selecionada de suas vidas, uma versão que evita a honestidade pelo status social.
Para algumas pessoas impressionáveis, ver seus amigos e familiares se divertindo (na forma de postagens ou tweets) pode induzi-los a fazer uma escolha arriscada; para outros, pode deprimi-los o suficiente para que busquem consolo com drogas e álcool.
Uma pesquisa descobriu que muitos adolescentes (alguns com 14 anos) viram imagens ou vídeos de outros adolescentes que desmaiaram depois de beber ou usar drogas.
Uma psicóloga conduziu um experimento próprio, que sugeriu que as pessoas que viram representações visuais do consumo de álcool “disseram que estavam mais dispostas a beber no futuro”, e tiveram impressões favoráveis sobre o tipo de gente que se embriagou e divulgou nas redes sociais.
E esse tipo de pessoa não precisa ser amigo; podem ser amigos de amigos ou completos estranhos.
As imagens não podem se limitar a finais de semana e férias; podem compartilhar qualquer dia da semana, qualquer hora do dia, reforçando constantemente a ideia de que o consumo excessivo de álcool é normal e desejável.
Somando-se à mensagem, há legendas e mensagens de status que exaltam as atividades descritas nos vídeos e fotos. reforçando constantemente a ideia de que o consumo excessivo de álcool é normal e desejável.
Redes sociais x Vida Real
Um porta-voz do Facebook disse que a empresa remove qualquer conteúdo que promova o uso de drogas ilegais ou o consumo de álcool por menores com base no fato de os usuários sinalizam o conteúdo como questionável.
Ao cobrir suas bases, o Facebook também apontou que ainda não foi capaz de controlar outros fatores, como uso de drogas ou álcool pelos pais, histórico familiar de doença mental ou dependência, estressores ambientais, etc., que podem ter um papel maior a desempenhar no abuso de substâncias na adolescência do que a mídia social.
Um pesquisador reconhece que a mídia social tem um papel a desempenhar no incentivo ao uso de drogas, mas a “vida real” pode tornar esse papel incomparável. A exposição ao uso de drogas ou álcool na vida offline pode ter um impacto muito maior.
Comprar Drogas Online está mais fácil que comprar café
As principais redes sociais têm regras muito explícitas sobre o tipo de conteúdo que permitem que seja compartilhado.
O Facebook, por exemplo, afirma que seus usuários não têm permissão para comprar, vender ou comercializar drogas e que os usuários que violarem essa regra estarão sujeitos a cancelamento de contas e / ou responsabilidades legais de acordo com as leis aplicáveis.
Sem surpresa, isso não desanima as pessoas que desejam vender medicamentos selados e não desanima as pessoas que desejam comprar os medicamentos.
O Facebook é, de longe, a rede social mais popular que existe, e encontrar drogas na plataforma é “mais fácil do que comprar uma xícara de café”. Outras plataformas de namoro também estão ganhando força para o tráfico de drogas.
Comércio Digital de Drogas
Facebook pode ser o nome que vem à mente quando o termo rede social é usado, mas existem literalmente centenas (senão milhares) de plataformas que permitem que usuários de todas as esferas se conectem, e os traficantes estão sintonizados em todas elas.
O Grindr, um aplicativo móvel de rede social projetado para homens gays e bissexuais encontrarem parceiros românticos e / ou sexuais em uma área geográfica específica, tornou-se “um dos muitos domínios do comércio digital de drogas”.
Da mesma forma que as configurações de privacidade do Facebook são usadas pelos revendedores para cobrir seus rastros, o Grindr (e outros aplicativos de namoro) tem recursos de privacidade que dão anonimato a ambas as partes para sua própria segurança.
Embora seja uma função útil quando os aplicativos são usados como pretendido (para encontrar potenciais parceiros românticos ou sexuais), ela assume uma nova dinâmica quando o anonimato é usado por traficantes e seus clientes potenciais.
Enfrente este problema!